Como ser um bom escritor

Olá leitores e leitoras do Escritor ao Vento!

Venho, mais uma vez, trazer-vos mais uma lista e, desta vez, ela endereça-se àqueles com vontade de melhorar sua escrita.

Como o primeiro conselho trata-se justamente de "leia muito", aconchegue-se no sofá, na cadeira ou onde mais você estiver a ler este texto — seja no celular ou no computador — e prepare-se, pois eu não vou somente dizer "faça isso e faça aquilo"; vou mais além e explicar alguns detalhes importantes.

Também procurarei ser o mais didático e prático o possível, evitando palavras técnicas que só iriam te fazer dormir.

Ah! Antes que eu me esqueça: se você gostou e gostaria que eu fizesse mais coisas do tipo aqui no EV, por favor, compartilhe este texto nas suas redes sociais. Isto ajuda muito e também dá cada vez mais ânimo para trazer um trabalho de mais qualidade.

Então, sem mais demoras...

LEIA MUITO!

Lá no começo do blog vi, não me lembro exatamente onde, a seguinte frase: "Um bom escritor é, antes de mais nada, um bom leitor". Essa frase mudaria para sempre a minha percepção como escritor.

A escrita já existe há alguns milhares de anos e a língua portuguesa, apesar de bem mais nova, também já é uma senhora de bastante idade. Por causa disso, o que não falta nela são obras primas, lembradas com entusiamo pelos estudiosos e amantes da literatura.

Eu sei e concordo: ler Camões ou mesmo Machado de Assis hoje em dia é uma verdadeira "Odisseia", pois seus autores usam e abusam de palavras e jargões que já ou estão fora de moda ou simplesmente não existem mais — quem usa um Kindle ou mesmo lê pelo computador ainda tem a facilidade de passar o mouse por elas para, então, entendê-las; quando eu lia-os, tinha que ficar com meu Aurélio ao lado, pausar a leitura para, aí sim, continuar a ler. Um verdadeiro exercício de paciência.

A leitura dos clássicos é obrigatória justamente para você conhecer e compreender a evolução da língua portuguesa, assim como entender um pouco de o porquê do nosso idioma ser tão diferente em outros lugares — e eu incluo, aqui, regiões do próprio Brasil, como no Nordeste, Norte e Sul.

"É pela leitura que você irá adquirir memória visual das palavras (...)."

Já a leitura contemporânea é obrigatória, mesmo alguns "estudiosos" torcendo o nariz, porque só por meio dela poderemos ver a que pé está nosso idioma; quais palavras estão a ser utilizada e a forma que os autores estão tratando a nossa querida língua portuguesa — e, por favor, sem preconceitos: se você é do Brasil, procure ler, também, leitores contemporâneos portugueses e angolanos; se você já vem desses países, não se acanhe e coloque aí nos comentários bons autores de seus países para que nós também possamos nos aventurar em terras "além-mar". 

É pela leitura que você irá adquirir memória visual das palavras e vai saber, por exemplo, que "lâmpada" é acentuada sem precisar saber nem o que é uma "proparoxítona" nem muito menos que todas elas são acentuadas; só vai saber que é assim e ponto.

ESCREVA MUITO!

Se algum dia alguém disser a você: "escrever e muito fácil", fuja dessa pessoa!

Realmente, colocar um punhado de palavras sem sentido num pedaço de papel não é difícil nem complicado, agora, escrever algo com conteúdo e, principalmente, algo que as pessoas vão querer ler, ai já são outros quinhentos...

Antes de eu publicar este post no blog, engavetei-o por um dia porque, assim, quando o reli, não tinha mais uma mente borbulhando nem meus olhos estão acostumados às palavras que utilizei. O meu objetivo, aqui, é deixá-lo o mais simples o possível — e claro, fazer com que você não ceda a tentação de ir ao Facebook sem nem ao menos compartilha-lo.

Tanto este texto quanto meus poemas, histórias e etc são tratados como "diamantes" que, aos poucos, vou lapidando. Mas o que isto a ver com "escrever muito"? Oras, você já ouviu a frase: "a prática leva à perfeição?" Pois, então... Quanto mais você escreve, melhor o seu texto fica.

Como eu disse no começo do tópico: "fuja das pessoas que teimam em dizer que escrever é fácil". Não é! Escrever é uma das coisas mais difíceis que existem.

"(...) escrever um 'best-seller' não é tão simples quanto alguém possa dizer, principalmente se você é um mero mortal desconhecido." 

Escrever não é diferente, por exemplo, de correr: um maratonista não começa correndo numa São Silvestre da vida. Ele começa pela rua, depois pelo bairro e aí, sim, parte para corridas de grandes distâncias.

Às vezes, enquanto eu escrevo, paro por alguns minutos — e às vezes até horas — a pensar em qual palavra vou usar; na forma que vou escrever determinada frase... parece besteira, mas é por isso que escrever um "best-seller" não é tão simples quanto alguém possa dizer, principalmente se você é um mero mortal desconhecido.

Escrever é uma arte e, como tal, exige dedicação e empenho, por isso, mãos a obra e comece a escrever hoje!

APRENDA COM AS CRÍTICAS!

Uma das piores coisas que existem no mundo são críticas sem fundamento. São aqueles comentários maldosos que, ao invés de ajudar, apenas prejudicam. Por exemplo: você escreve trinta, quarenta páginas e dá para uma pessoa lê-lo. Vem aquela expectativa e, quando essa pessoa termina, olha para você e diz, em alto e bom tom: "então... não ficou muito bom não..."

"Quando você for escrever, tenha em mente o seu público alvo, pois desta forma, além de escolher melhor as palavras, também vai poder escrever do jeito que as agrade mais".

"Ok, é a vida" você pensa, mas o "balde de água fria" ainda está por vir: "o que você não gostou?" e a pessoa responde: "eu não gosto deste tipo de história". É simples: àquela pessoa, seu texto está ruim porque "não faz o estilo dela". Agora vou te jogar um balde com água ainda mais fria: ela está certíssima!

Pense bem: qual o seu tipo de texto? Atenção: não estou falando do gênero, mas "tipo". Se você chegou até aqui, deve gostar de "tutoriais", e isto é o gênero; agora, eu posso dizer, também, que você curte textos onde autor conversa com o leitor — afinal, eu estou a me imaginar aí do seu lado a dizer-te tudo isto. Eu conheço pessoas que simplesmente detestam textos assim e, por isso mesmo, quando escrevo alguma coisa pensado nelas, tento não "me entremeter na leitura".

Quando você for escrever, tenha em mente o seu público alvo, pois desta forma, além de escolher melhor as palavras, também vai poder escrever do jeito que as agrade mais — assim como vai fazer com que elas deem uma melhor opinião a respeito do seu texto, já que essas pessoas estarão a ler algo do gosto delas.

Porém, ainda sim é preciso ter consciências de que as críticas virão e elas muitas vezes serão duras.

Vou citar um exemplo que aconteceu comigo: quando comecei a publicar meus textos na internet, eu tinha uma amiga que sempre os lia. Eu sempre a informava que o meu objetivo principal era fazer o leitor "entrar dentro do texto, fazendo os personagens ganharem vida e vida própria". É claro que ela sempre me dizia o contrário: que minhas histórias mais pareciam relatos que contos; que meus personagens eram rasos... doeu... doeu muito ouvir aquilo. 

Foi então que em um dia resolvi parar, sentar, relaxar e escrever "o texto". Para isso, comecei com uma linha, duas... quando vi já estava na quinta folha. Ao terminá-lo, engavetei-o e, no dia seguinte, tornei a lê-lo. Adivinhem o que eu achei? Tudo aquilo que essa minha amiga havia dito e algo a mais. Fui arrumando-o aos poucos e parei. Voltei mais uma vez no outro dia e, novamente, tornei a reescrevê-lo até, finalmente, ele ficar o mais próximo daquilo que eu gostaria que ele ficasse. Depois disto parei de acessá-lo pois, caso eu o fizesse, sabia que iria querer mexer nele novamente.

Ao final das contas, uma crítica ajudou-me a encontrar um meio de escrever próximo do meu objetivo: uma história onde meus personagens estejam vivos e em que o leitor consiga mergulhar de cabeça, lendo-a até o raiar do dia.

Todas as críticas, portanto, são importantes, porque é por meio delas em que você descobre não só se está a pedir ajuda para a pessoa certa como, também, como está a sua escrita. Às vezes dói ouvir algumas coisas, todavia, é necessário a gente cair e quebrar o nariz para apender como se equilibrar em cima de um skate.

MONTE UM BLOG!

Parece estranho, eu sei, pois o que mais há na internet é "blogs e mais blogs" a falar simplesmente de tudo. Mesmo com o boom do YouTube e do Instagram, os blogs mantém-se vivos e fortes.

Manter um blog é relativamente simples e não necessita de muito conhecimento técnico hoje em dia. Se você tem uma conta Google, basta apenas ir ao Blogger.com e criar o seu, simples, rápido e você já pode sair escrevendo.

"Outro coisa legal que o teu blog vai trazer-lhe é o fato de poder ler e aprender com opiniões de pessoas de todos os cantos do mundo."

É claro que conseguir acessos são outros quinhentos, mas eu duvido que você não tenha parentes e amigos para quem possa dar o link e pedir a eles para acessá-lo — e claro, compartilha-lo. 

Tenha em mente, também, o seu objetivo. O meu, ao criar o Escritor ao Vento, era justamente aperfeiçoar os meus textos e, claro, conseguir lançar meu livros com a fama que o blog traria-me. Lançar o livro eu já consegui, todavia, ainda acho que minha escrita pode melhorar ainda mais assim como acho que consigo ser um pouco mais conhecido (quem sabe?).

Ganhar dinheiro dinheiro, do mesmo modo, não é tarefa nem um pouco fácil. São necessários milhares e milhares de acessos e cliques. Não é impossível, mas já fique avisado que o caminho é longo.

Outro coisa legal que o teu blog vai trazer-lhe é o fato de poder ler e aprender com opiniões de pessoas de todos os cantos do mundo. Não sei se você já reparou: mesmo usando a variante brasileira da língua portuguesa, eu nunca digo "estou fazendo" e sim "estou a fazer" assim como uso os verbos de forma diferente — ao invés de dizer "me traria" eu digo "traria-me". Isto é porque tenho uma boa audiência em terras lusitanas e decidi deixar os meus textos assim para tentar abranger não somente a eles, mas a todos o meus leitores — lembra-se que eu falei para ter em mente o público alvo...?

CONCLUSÃO

Revendo tudo, temos o seguinte: para ser um bom escritor você precisa, antes de mais nada, gostar muito de ler, pois você vai precisar ler e ler muito — tantos os clássicos como Harry Potter, Twilight e até mesmo Paulo Coelho — tão criticado pelos "cults". Depois, continuando pela saga rumo a "ser um bom escritor", você vai precisar praticar e, para isso, terá que escrever e escrever muito, também.

Aprender com as críticas é outro grande passo — um dos mais complicados, diga-se de passagem. Mas é só por meio delas que você vai, antes de mais nada, saber se está a pedir conselhos a pessoa certa assim como saberá qual é o seu público alvo, ou para que tipo de pessoa você gostaria de escrever.

Por fim, porém, não menos importante, é legal, também, você ter um blog, ou um espaço onde as pessoas pudessem acessar, da onde estiverem, para ler os seus textos e comentá-los, para, assim, você ler as críticas, aprender com elas e, deste modo, aperfeiçoar a sua escrita.

Então, é isso!

Caso você tenha seguido a minha dica e criado um blog, deixe o link aí nos comentários para eu poder dar uma passadinha por lá, ler um de seus textos e, também, deixar um comentário por lá.

Se você curtiu, por favor, deixe seu comentário e compartilhe este texto nas suas redes sociais, pois é assim que você diz-me que está a gostar do meu trabalho e eu também sei que estou a seguir pelo caminho certo.

Até a próxima!

FONTE DAS IMAGENS

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