Sinopse: Começou como uma amizade que evoluiu para um sentimento puro, ingênuo até. Nenhuma das partes sabia realmente o que estava acontecendo — era quase uma brincadeira de criança. Porém, o que era ingênuo torna-se malicioso e o que era quase uma brincadeira de criança transforma-se em uma tragédia.
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8
UMA SURPRESA BOA
Logo após Jeniffer ter xingado Carol a plenos pulmões, o inspetor de aluno que aguardava para tocar o sinal de entrada chama pelas duas e as leva à diretora — que era uma mulher quase chegando à casa dos trinta anos de idade; longos cabelos ruivos e olhar sério.
— Podem explicar o que foi aquela cena, no pátio? — Pergunta a diretora para as duas, que agora estavam sentadas em frente a ela; Jeniffer com um olhar de ódio e Carol com os olhos no fundo, típicos daqueles que se deixam levar pela depressão.
A vontade de Jeniffer era contar tudo à diretora. Dizer que ela havia sido traída por sua melhor amiga, aliás, ex-amiga, que havia se aproximado dela com segundas intenções. Carol apenas olhava para baixo, imaginando o que seus pais a diriam logo que descobrissem que a filha deles havia se declarado para uma garota.
— Nós brigamos, diretora. — Responde Jeniffer. — Foi o que aconteceu.
— E qual foi o motivo da briga? — Torna a perguntar a diretora, olhando nos olhos da adolescente.
— Ela... — Jeniffer, por uma fração de segundos, olha para Carol, colocando-se no lugar dela.
— Ela... o quê?
— Ela pegou um vestido meu emprestado e ainda não devolveu.
— Foi isto mesmo que aconteceu, Carol?
Carol demora alguns momentos para responder — era difícil acreditar que ela havia sido poupada de ter que explicar tudo tanto à diretora quanto a seus pais.
— Sim — responde a garota de olhos puxados — mas eu já ia devolver, eu juro!
— Então devolva logo essa peça de roupa e procurem não brigar mais, caso o contrário serei obrigada a suspendê-las. — Finaliza a diretora, levando-as, em seguida, até a porta da sala onde o mesmo inspetor de aluno que as trouxera ali as aguardava para levá-la à classe.
Ambas seguiram caladas, sem nem ao menos se olharem.
Apesar de tudo o que estava acontecendo, ficar longe de Carol também deixava Jeniffer triste, contudo, sempre que a saudade batia, o sentimento de repulsa e ódio tomava conta dela, fazendo-a odiar ainda mais a ex-amiga.
Com Carol, como já dito, as coisas não podiam estar piores: ela simplesmente não conseguia mais dormir assim como seus olhos estavam sempre vermelhos, de tanto chorar. Seus pais até tentavam reanimá-la, mas o máximo que conseguiam era arrancar um breve sorriso da garota — um sorriso que logo ia embora.
— Temos que fazer alguma coisa. — Disse o pai à esposa, já cansado de ver a filha com aquele sempre tom melancólico e depressivo.
— Mas o que podemos fazer? — Pergunta a esposa. — Eu acho difícil ela querer ir a um psicólogo e eu não gostaria de tê-la que obrigá-la.
— Eu sei, mas... Deixá-la assim, também, já não dá mais!
— Eu sei, querido, eu sei...
A mãe de Carol até tentou convencer a filha a contar o que estava acontecendo — ele e seu esposo haviam sido chamados pela diretora da escola após a briga com Jeniffer —, mas quanto mais ela pressionava a filha, mas ela se esquivava e se afastava da família.
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UMA SURPRESA BOA
Logo após Jeniffer ter xingado Carol a plenos pulmões, o inspetor de aluno que aguardava para tocar o sinal de entrada chama pelas duas e as leva à diretora — que era uma mulher quase chegando à casa dos trinta anos de idade; longos cabelos ruivos e olhar sério.
— Podem explicar o que foi aquela cena, no pátio? — Pergunta a diretora para as duas, que agora estavam sentadas em frente a ela; Jeniffer com um olhar de ódio e Carol com os olhos no fundo, típicos daqueles que se deixam levar pela depressão.
A vontade de Jeniffer era contar tudo à diretora. Dizer que ela havia sido traída por sua melhor amiga, aliás, ex-amiga, que havia se aproximado dela com segundas intenções. Carol apenas olhava para baixo, imaginando o que seus pais a diriam logo que descobrissem que a filha deles havia se declarado para uma garota.
— Nós brigamos, diretora. — Responde Jeniffer. — Foi o que aconteceu.
— E qual foi o motivo da briga? — Torna a perguntar a diretora, olhando nos olhos da adolescente.
— Ela... — Jeniffer, por uma fração de segundos, olha para Carol, colocando-se no lugar dela.
— Ela... o quê?
— Ela pegou um vestido meu emprestado e ainda não devolveu.
— Foi isto mesmo que aconteceu, Carol?
Carol demora alguns momentos para responder — era difícil acreditar que ela havia sido poupada de ter que explicar tudo tanto à diretora quanto a seus pais.
— Sim — responde a garota de olhos puxados — mas eu já ia devolver, eu juro!
— Então devolva logo essa peça de roupa e procurem não brigar mais, caso o contrário serei obrigada a suspendê-las. — Finaliza a diretora, levando-as, em seguida, até a porta da sala onde o mesmo inspetor de aluno que as trouxera ali as aguardava para levá-la à classe.
Ambas seguiram caladas, sem nem ao menos se olharem.
Apesar de tudo o que estava acontecendo, ficar longe de Carol também deixava Jeniffer triste, contudo, sempre que a saudade batia, o sentimento de repulsa e ódio tomava conta dela, fazendo-a odiar ainda mais a ex-amiga.
Com Carol, como já dito, as coisas não podiam estar piores: ela simplesmente não conseguia mais dormir assim como seus olhos estavam sempre vermelhos, de tanto chorar. Seus pais até tentavam reanimá-la, mas o máximo que conseguiam era arrancar um breve sorriso da garota — um sorriso que logo ia embora.
— Temos que fazer alguma coisa. — Disse o pai à esposa, já cansado de ver a filha com aquele sempre tom melancólico e depressivo.
— Mas o que podemos fazer? — Pergunta a esposa. — Eu acho difícil ela querer ir a um psicólogo e eu não gostaria de tê-la que obrigá-la.
— Eu sei, mas... Deixá-la assim, também, já não dá mais!
— Eu sei, querido, eu sei...
A mãe de Carol até tentou convencer a filha a contar o que estava acontecendo — ele e seu esposo haviam sido chamados pela diretora da escola após a briga com Jeniffer —, mas quanto mais ela pressionava a filha, mas ela se esquivava e se afastava da família.
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