Sinopse: Começou como uma amizade que evoluiu para um sentimento puro, ingênuo até. Nenhuma das partes sabia realmente o que estava acontecendo — era quase uma brincadeira de criança. Porém, o que era ingênuo torna-se malicioso e o que era quase uma brincadeira de criança transforma-se em uma tragédia.
CAPÍTULO ANTERIOR
9
UMA SURPRESA RUIM
Depois da briga a garota de olhos puxados continuou frequentando a escola por mais uns três ou quatro dias quando começou a não aparecer. A primeira pessoa a qual perguntaram se sabia o motivo da ausência dela foi Jeniffer — principalmente porque os colegas dela ainda pensavam que as duas eram amigas.
“Eu já disse que não sei de nada! Ela não é mais minha amiga!” respondera a adolescente, de forma grosseira, a uma colega quase de seu tamanho, de olhos negros e cabelos curtos. Jeniffer já estava cheia de todos perguntando por Carol — não que ela, mesmo negando, também não estivesse preocupada, mas ela queria que todos parassem de associar sua imagem com a da ex-amiga.
Mais uns dias se passaram e o ódio e o desprezo que a adolescente ainda sentia pela garota de olhos puxados foi sendo enterrado pela saudade e preocupação. Afastar-se da amiga, conforme o tempo ia mostrando, tinha sido um erro, o que acabou a deixando triste e sentindo-se culpada das ações que ela havia tido com Carol. Foi então que ela decidira ir à casa dela procurar saber o que estava acontecendo.
A casa onde Carol morava era, na verdade, um apartamento em um conjunto de prédios dentro de um residencial não muito longe da escola. Depois que o último sinal tocou, Jeniffer ligou para seus pais avisando que ela se atrasaria justamente porque iria à casa da amiga procurar saber informações sobre ela.
— Pois não? — Pergunta uma voz conhecida, no interfone.
— Oi! Sou eu, Jeniffer.
— Ah! Por favor, entre!
Ao entrar na sala do apartamento a adolescente percebera um ar triste e fúnebre no local. A mãe de Carol, que era quem a havia recepcionado tanto no interfone quanto na porta, estava abatida e com os olhos no fundo. Alguma coisa muito séria tinha acontecido.
— Por favor, sente-se. — Disse a mãe de Carol à Jeniffer, apontando para o sofá em frente à televisão.
— Senhora, onde está Carol? — Indaga a adolescente.
A mãe da garota de olhos puxados suspira fundo antes de responder e encara a adolescente nos olhos.
— Carol está no hospital.
— Como assim? Por quê? — Indaga Jeniffer, claramente assustada com a notícia que havia acabado de ouvir.
— Eu não sei! Meu marido a encontrou jogada na cama com dúzias das minhas caixas de remédio no chão. Ela havia tomado tudo. — Responde a mãe de Carol, contendo-se para não chorar.
— Mas... por quê?
— Ela estava mesmo meio pra baixo, mas nem eu nem meu esposo imaginávamos que era tão forte assim!
— Mas desde quando ela estava triste? — Jeniffer tinha medo de a resposta bater justo com o tempo em que ela desprezara a amiga.
— Tem um tempo já. Ela havia melhorado um pouco esses dias, mas depois parece que ficou ainda pior.
Finalmente a ficha tinha caído! Jeniffer juntara os pontos na cabeça e agora sabia que Carol começara a gostar de ela justamente quando ela se juntara com Kauê.
De repente o telefone toca e a mãe de Carol atende. Um momento tenso de silêncio acontece e a mulher desaba em lágrimas.
Nem era preciso perguntar o que havia acontecido, já que a adolescente sabia que havia acabado de perder, para sempre, sua melhor amiga.
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UMA SURPRESA RUIM
Depois da briga a garota de olhos puxados continuou frequentando a escola por mais uns três ou quatro dias quando começou a não aparecer. A primeira pessoa a qual perguntaram se sabia o motivo da ausência dela foi Jeniffer — principalmente porque os colegas dela ainda pensavam que as duas eram amigas.
“Eu já disse que não sei de nada! Ela não é mais minha amiga!” respondera a adolescente, de forma grosseira, a uma colega quase de seu tamanho, de olhos negros e cabelos curtos. Jeniffer já estava cheia de todos perguntando por Carol — não que ela, mesmo negando, também não estivesse preocupada, mas ela queria que todos parassem de associar sua imagem com a da ex-amiga.
Mais uns dias se passaram e o ódio e o desprezo que a adolescente ainda sentia pela garota de olhos puxados foi sendo enterrado pela saudade e preocupação. Afastar-se da amiga, conforme o tempo ia mostrando, tinha sido um erro, o que acabou a deixando triste e sentindo-se culpada das ações que ela havia tido com Carol. Foi então que ela decidira ir à casa dela procurar saber o que estava acontecendo.
A casa onde Carol morava era, na verdade, um apartamento em um conjunto de prédios dentro de um residencial não muito longe da escola. Depois que o último sinal tocou, Jeniffer ligou para seus pais avisando que ela se atrasaria justamente porque iria à casa da amiga procurar saber informações sobre ela.
— Pois não? — Pergunta uma voz conhecida, no interfone.
— Oi! Sou eu, Jeniffer.
— Ah! Por favor, entre!
Ao entrar na sala do apartamento a adolescente percebera um ar triste e fúnebre no local. A mãe de Carol, que era quem a havia recepcionado tanto no interfone quanto na porta, estava abatida e com os olhos no fundo. Alguma coisa muito séria tinha acontecido.
— Por favor, sente-se. — Disse a mãe de Carol à Jeniffer, apontando para o sofá em frente à televisão.
— Senhora, onde está Carol? — Indaga a adolescente.
A mãe da garota de olhos puxados suspira fundo antes de responder e encara a adolescente nos olhos.
— Carol está no hospital.
— Como assim? Por quê? — Indaga Jeniffer, claramente assustada com a notícia que havia acabado de ouvir.
— Eu não sei! Meu marido a encontrou jogada na cama com dúzias das minhas caixas de remédio no chão. Ela havia tomado tudo. — Responde a mãe de Carol, contendo-se para não chorar.
— Mas... por quê?
— Ela estava mesmo meio pra baixo, mas nem eu nem meu esposo imaginávamos que era tão forte assim!
— Mas desde quando ela estava triste? — Jeniffer tinha medo de a resposta bater justo com o tempo em que ela desprezara a amiga.
— Tem um tempo já. Ela havia melhorado um pouco esses dias, mas depois parece que ficou ainda pior.
Finalmente a ficha tinha caído! Jeniffer juntara os pontos na cabeça e agora sabia que Carol começara a gostar de ela justamente quando ela se juntara com Kauê.
De repente o telefone toca e a mãe de Carol atende. Um momento tenso de silêncio acontece e a mulher desaba em lágrimas.
Nem era preciso perguntar o que havia acontecido, já que a adolescente sabia que havia acabado de perder, para sempre, sua melhor amiga.
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