Uma reflexão qualquer


Às vezes eu me surpreendo comigo mesmo... Aliás, a cada dia que passa, mais e mais "eu" — como se fosse outra pessoa — me surpreendo com as ações e atitudes que realizo — tanto para o bem quanto para o mal.

Já me disseram, certa vez, que sou "mole", no sentido que as pessoas sempre fazem de mim "gato e sapato" e eu sempre retruquei, argumentando que isto era uma imensa falácia e que, apesar deste meu jeito "diplomático de ser", sempre lutei pelo o que quero, independente do que as pessoas dizem.

Porém, quando o assunto muda para "relacionamentos", ai... Bem, ai a coisa muda de figura (e como muda). Em primeiro lugar, apesar da minha baixa autoestima, vez ou outra um milagre acontece e consigo me arranjar com alguém, porém, quando sou eu do outro lado do tabuleiro — utilizando a metáfora que "o amor é um jogo" — parece que minhas peças não me obedecem e simplesmente entram na linha de fogo inimiga, deixando-se capturar (sabe-se lá Deus o porquê).

Quando tenho ciência, ou em bom "brasileirês", quando eu sei o que estou fazendo, a coisa piora mais ainda — até parece que, quanto mais eu gosto de uma pessoa, mais besteiras acabo fazendo.

Sou prestativo e gosto muito de ser assim, porém, sempre (sim, não é às vezes, mas "sempre") acabo sendo prestativo de mais para com quem "quero algo a mais", como se sinalizasse "ei, vamos ser melhores amigos?" e o resultado... Bem, quem lê este blog a mais tempo consegue ver o que estou a dizer.

Mas, o que posso fazer? Ok! Eu sei o que fazer, mas "como fazer?" — entre aspas porque eu também sei a resposta, mas parece impossível. É como uma droga: quanto mais se usa, menos saúde temos, no meu caso, quanto mais eu "não tento", mais distante do meu objetivo fico...

Recentemente tentei me abster, me afastar.. Tentei ignorar os chamados, mas a falta que senti foi tanta que, n'outro dia, acabei eu mesmo indo atrás — e jogando minha estratégia buraco abaixo, mesmo sabendo que parte de ela estava dando certo, mas...

Utilizando outra figura de linguagem, ter caído em tentação foi tão bom quanto comer alguma coisa após dias e dias de jejum — e "como" foi bom!

"Que 'droga' tão forte é esta que me faz querer vê-la todos os dias?"

Friendzone... Sim! Friendzone! Para quem não sabe é a "zona da amizade", ou seja, é quando, entre dois amigos, um gosta "um pouco a mais" do outro, sem, porém, ser recíproco. Pois então... Cá estou eu novamente em uma...

Mas será mesmo que estou em uma? Porque, para começo de conversa, eu nem sei se "gosto" de ela (do gostar "quero algo além da amizade"). Eu não sei. É como eu disse no começo do texto: é bom (até de mais) falar com ela; vê-la, mas... "Eu não sei".
 
Ah! Como sempre diz um amigo meu: "o que é para ser, será". Um dia, quem sabe, tomo coragem de perguntar se ela sente alguma coisa "a mais" por mim; se valeria a pena cultivar um sentimento "mais forte". Se a resposta for não, eu sigo com minha vida e ela com a dela e, caso seja positivo... Sinceramente não sei, pois ai as coisas "mudam".

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