O patinho feio - a história de alguém não-extraordinário.



Era uma vez, a muito tempo atrás, um rapaz, que crescera como qualquer outra criança moderna comum.

Filho único, vivia com sua mãe, sua tia, tio e, até os oitos anos, com sua avó.

No começo não demonstrou muita aptidão para a escola, mas depois se tornou um dos melhores alunos em sua classe.

Por não ter irmãos e também por não poder sair para brincar na rua, gostava de passar horas a se divertir com seus quadrinhos, desenhos animados e seu vídeo-game. Isto lhe rendeu um sobrepeso e, por tabela, uma baixa autoestima.

Apesar disso terminou a escola rodeado de bons colegas. No primeiro ano do Ensino Médio sua mãe lhe proporcionou um sonho antigo: vivenciar o que era estudar em uma instituição de ensino particular - o que, agora sim, rendeu-lhe amigos.

No segundo e no terceiro ano, vivenciou o que considera como uma "fase que deveria ser esquecida" - apesar das poucas boas histórias que esse período lhe proporcionou. Fez mais bons colegas, contudo, descobriu a chacota, a maldade... Enfim, tudo que deve ser esquecido.

Isso foi a escola.

Em seu quotidiano se descobriu religioso: gostava de ir à Igreja e, no fim, acabou como coroinha; contudo, sua dificuldade em se socializar não lhe rendeu muitos amigos, aliás, quase não lhe rendeu nem mesmo colegas - apenas boas lembranças.

O início de sua carreira acadêmica começou com um pé esquerdo - devido principalmente ao segundo e ao terceiro ano de seu Ensino Médio. Apesar de ser uma boa universidade, a premissa "estou aqui por ser mais fácil de passar" quase o deixou louco e, em quase três anos de tentativas, finalmente conseguiu seu lugar ao sol.

Contudo, isto é apenas um resumo. Nessa primeira instituição - provisória - a soma da "dificuldade em socialização" mais "estranho por natureza" não lhe rendeu muitos amigos - apesar de um fator especial que não convém expôr.

A segunda instituição é quase como seu primeiro ano no Ensino Médio: um sonho que o acompanhará sempre.

Essa foi a vida desse rapaz até agora. Nada de extraordinário. Ele continua a ler seus livros e gibis nas noites frias; ainda assiste aos seus desenhos, no computador, nos sábados e feriados e ainda continua a ser o patinho feio que sempre foi.

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