Quando queremos construir uma casa, creio que a primeira coisa a se fazer é começar pela base, depois pelas paredes; dai vêm as janelas, as portas; pintamos as paredes, colocamos a pia e o vaso no banheiro, a pia da cozinha, os armários, colocamos os pisos. Depois vêm os móveis e, por fim, os moradores.
Todo esse processo demora um certo tempo para acontecer - dependerá muito do dono dessa nova residência, de como ela foi planejada...
Com tudo pronto e com a família já dentro de seu novo lar, algo inesperado acontece: um vendaval põe abaixo aquele sonho e a família tem que buscar novamente outro lugar para viver.
Às vezes, em certas ocasiões de nossa vida, o mesmo processo acontece: você conhece alguém, torna-se amigo dela e, quando começa a sentir algo por ela, vem a esperança - afinal, a proximidade dos dois, em teoria, deveria tornar tudo mais fácil; contudo, algo inesperado ocorre: um "vendaval" vem e arrasa com toda as suas chances, deixando somente destroços.
Em relação a casa, uma solução simples é contratar um bom engenheiro ou mesmo colocar o imóvel no seguro, agora, quando se trata de algo bem mais abstrato, como um relacionamento, não há saída, pois, quando você vê já está preso à situação.
Por causa da inexistência de alternativas, a solução acaba ficando obscura de mais - tanto que achamos que só nos resta procurar um ombro amigo para afogar nossas mágoas; ficar parado, "vendo a fila andar" em nada adianta - é o mesmo que dormir no ponto. Correr atrás desesperadamente também não finda com o problema. A questão é que, por mais que a pessoa esteja em outra e também por mais que doa, expor aquilo que está dentro de si é sempre a melhor solução, pois é ela "a chave para as janelas".
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