O País do Fim do Mundo

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Há muito tempo, no país do Fim do Mundo
Morava um povo que não sabia seu rumo

Andavam em círculos
Sem saber aonde ir
Só sabiam que tinham que partir

Andavam...
Andavam...
E andavam ainda mais...

— Mas, para onde chegar?
Perguntava-se o povo
do país do Fim do Mundo
— Quem irá nos guiar?

E continuavam a andar em círculos
Sem saber aonde ir...

Um dia, os cidadãos
Do país do Fim do Mundo
Ficaram sem nada: sem comida,
Lenço ou até mesmo documento

Mas aplaudiram com fé
Os responsáveis por deixá-los a pé:

Alguns corajosos
Resolveram parar
E não mais andar
Até o Governo do país do Fim do Mundo
Os parar de roubar

E estavam certos
E muito corretos.

O Governo, então,
Soltou os cães em cima dos corajosos
Como mostra de força à nação

Mas a nação ainda continuou a apoiar
Os corajosos
Que ousaram parar
E, ao Governo, desafiar.

O problema veio depois de tudo resolvido
E as reivindicações atendidas:
Os professores do país do Fim do Mundo
Também resolveram parar,
Pois também queriam melhores condições para trabalhar.

Coitados!
Sem ninguém para apoiá-los,
Pela polícia, foram surrados e
Maltratados.

Tentaram continuar
Até seu objetivo alcançar,
Mas, ao invés do povo ajudar
Deu graças a Deus
Por não mais precisar estudar.

O Governo, então,
Viu uma oportunidade única:
— Joguemos os professores contra a nação!
E que comoção!

Os professores, já cansados e moribundos
Foram taxados de vagabundos!

O povo também passou a surrá-los,
A maltratá-los...

Sem resultado,
Resolveram ir embora
Do país do Fim do Mundo.

Foi uma festa
Tudo, claro, pago pelo Governo
Que discursou à nação:
— Nunca antes na história deste país
Vimos um povo tão feliz.

O tempo passou
O Governo continuo
Voltou a roubar
E os corajosos voltaram a parar

Mas, desta vez, sem ninguém
Para ensinar,
O valor de se lutar
O Governo conseguiu jogar
Os corajosos contra a nação
E o resultado foi de dar dó no coração:

Os pobres corajosos foram humilhados,
Surrados
E maltratados pela polícia e pelo povo,
Que dizia:
— Fora vagabundos!

E não se podia dar outra coisa:
Os corajosos do país do Fim do Mundo também foram embora.

O Governo riu até não aguentar mais
E o povo pulou,
Cantou e gritou
De alegria.

Mas as risadas e gargalhadas
Duraram pouco,
Pois logo tudo faltou:
Comida, gasolina...

Mas quem iria abastecê-los
Se os corajosos
Haviam ido embora?
— E agora?
Perguntou o povo ao Governo,
Que respondeu:
— Agora sou eu quem vai embora!

E, assim,
O país do Fim do Mundo
Teve seu trágico fim!

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