Num vale de flores murchas e desbotadas, sentado em frente a uma fonte seca e suja estava um rapaz — um alguém que não vale a pena descrever. Ele havia acabado de chegar.
Em sua cabeça pensamentos tão sujos quanto a fonte em sua frente o torturavam; pensamentos iguais a filmes de terror que perseguem as crianças que se aventuram a descumprir a recomendação dos pais de não os assistir.
Em seu rosto lágrimas teimavam em não sair e uma forte dor de cabeça o atordoava. “Eu só queria esquecer” dizia ele ao vento, quando este decidia levantar um pouco as folhas secas da fonte. “Eu só queria esquecer...”
Um grupo de quatro espectros, brancos como uma folha de papel e incandescentes como o Sol aproximam-se de ele: “Você tem que sair dessa; esquecer. Não vale a pena.” Mas o conselho entra por um ouvido e saí pelo outro — afinal, como esquecer? Como apagar da memória pensamentos tão sórdidos como aqueles? Os espectros, felizes consigo mesmos, continuaram seu caminho.
Os pensamentos tornam-se piores... pensamentos luxuriantes que, além de quase fazer com que o rapaz vomitasse, fizessem ele desejar nunca ter sabido de nada; desejasse ter ficado em sua falsa inocência. Mas não havia jeito. O acaso quisera que ele soubesse que não fora uma, mas várias vezes; de diversas formas. Em principio, um inferno, mas depois o paraíso prometido a todos que escolheram vivê-lo ainda na Terra.
“Sonhei com algo alcançado por outra pessoa” lembra-se o rapaz de ter dito, pouco depois de ter seus ouvidos bombardeados pelas vibrações pecaminosas das respostas — de perguntas que ele mesmo havia feito. Um silêncio momentâneo... algumas risadas e só... quando ele deu por si estava em frente à fonte, gozando os pensamentos de algo que já aconteceu; algo que ainda acontece e que ele nada pode interferir ou fazer — coisas da vida. “Outro aproveita o que eu nunca aproveitarei”.
O dia vai embora e a Lua surge no céu, cheia e brilhante, mas o rapaz não vai embora; os pensamentos não haviam ido embora. Eles, e o pobre infeliz, ficaram a admirar a fonte por mais tempo: uma fonte seca e suja como o coração do rapaz que não vale nem a pena ser descrito.
Em sua cabeça pensamentos tão sujos quanto a fonte em sua frente o torturavam; pensamentos iguais a filmes de terror que perseguem as crianças que se aventuram a descumprir a recomendação dos pais de não os assistir.
Em seu rosto lágrimas teimavam em não sair e uma forte dor de cabeça o atordoava. “Eu só queria esquecer” dizia ele ao vento, quando este decidia levantar um pouco as folhas secas da fonte. “Eu só queria esquecer...”
Um grupo de quatro espectros, brancos como uma folha de papel e incandescentes como o Sol aproximam-se de ele: “Você tem que sair dessa; esquecer. Não vale a pena.” Mas o conselho entra por um ouvido e saí pelo outro — afinal, como esquecer? Como apagar da memória pensamentos tão sórdidos como aqueles? Os espectros, felizes consigo mesmos, continuaram seu caminho.
Os pensamentos tornam-se piores... pensamentos luxuriantes que, além de quase fazer com que o rapaz vomitasse, fizessem ele desejar nunca ter sabido de nada; desejasse ter ficado em sua falsa inocência. Mas não havia jeito. O acaso quisera que ele soubesse que não fora uma, mas várias vezes; de diversas formas. Em principio, um inferno, mas depois o paraíso prometido a todos que escolheram vivê-lo ainda na Terra.
“Sonhei com algo alcançado por outra pessoa” lembra-se o rapaz de ter dito, pouco depois de ter seus ouvidos bombardeados pelas vibrações pecaminosas das respostas — de perguntas que ele mesmo havia feito. Um silêncio momentâneo... algumas risadas e só... quando ele deu por si estava em frente à fonte, gozando os pensamentos de algo que já aconteceu; algo que ainda acontece e que ele nada pode interferir ou fazer — coisas da vida. “Outro aproveita o que eu nunca aproveitarei”.
O dia vai embora e a Lua surge no céu, cheia e brilhante, mas o rapaz não vai embora; os pensamentos não haviam ido embora. Eles, e o pobre infeliz, ficaram a admirar a fonte por mais tempo: uma fonte seca e suja como o coração do rapaz que não vale nem a pena ser descrito.
Um texto instigante. Leva o leito a indagar-se da origem desses pensamentos "sujos" e fica tentado a lhes dar forma em fatos, acontecimentos vários. O que foi que provocou tais pensamentos obsessivos na mente do "rapaz que não vale nem a pena ser descrito"?
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