Manú

Olá leitores, olá leitoras! Mais uma vez falando diretamente com vocês... Não vim trazer mais um capítulo de Branca de Neve e os Sete Ladrões. Vim, na verdade, publicar um texto de uma amiga — na minha opinião, um dos melhores que ela já produziu até agora.

Então, sem mais demoras, desfrutem do poema em prosa dessa minha amiga que pediu para ser identificada como Manú.

Dizem que o melhor lugar para refletir sobre a vida é sentado, num ônibus, olhando para a janela, vendo tudo passar. Nos momentos bons e ruins, hoje descobri que é realmente verdade. Estava meio sem rumo, não estava nos meus melhores dias, não sabia sequer o porquê, só não estava legal e foi quando eu me virei para a janela e fui passando por aqueles lugares tão comuns, que eu vejo todos os dias e não sei o porquê, as lágrimas começaram a cair. Que coisa horrível, que vergonha! Eu pensei, mas não, depois percebi que aquilo era preciso, eu precisava tirar um pouco daquilo de mim, aquilo que eu nem sei o que era mas que não estava me fazendo bem. Primeiro achei deprimente a cena que estava fazendo, pensei o que vão achar de mim, aqui chorando assim mas depois me toquei, não importa! Me fez bem, fiquei melhor e agora entendo o motivo de tudo isso acontecer quando estamos sentados num ônibus olhando para a janela... Passamos por tantos lugares todos os dias, estando bem ou mal, mas nunca temos tempo para ver realmente nada, na correria do dia a dia não damos importância. E quando temos finalmente um dia um pouco mais tranquilo e você se senta no mesmo lugar de sempre, escora a cabeça em um lugar qualquer e por algum motivo as emoções veem e junto dela as lágrimas, o desabafo interno que tanto precisamos, e que nunca nos damos a oportunidade de ter e então ele vem ali, sem permissão mas vem.

Manú

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