É com grande pesar que começo este post. Parece sombrio, eu sei, mas creio que foram muitos os anos acompanhando essa saga e agora que eu finalmente a terminei, não consigo achar um tom melhor para iniciá-lo.
O MENINO QUE SOBREVIVEU
Harry Potter é apenas um bebê quando aquele-que-não-deve-ser-nomeado tem seus planos arruinados ao tentar assassiná-lo; é partir dai, do último sacríficio de Lílian (Lily) e Tiago (James) Potter, que nasce a lenda: o garoto que, a partir daquele momento, mesmo sem saber o grande feito que acabara realizando, se tornaria o bruxo mais famoso do mundo.
DE HARRY POTTER E A PEDRA FILOSOFAL ATÉ HARRY POTTER E AS RELÍQUIAS DA MORTE (HARRRY POTTER E OS TALISMÃS DA MORTE)
No primeiro livro temos um garotinho de onze anos, órfão de pai e mãe, morando com seus tios trouxas (muggles) na Rua dos Alfeneiros (Privet Drive) nº 4, e que, além de ser completamente desprezado pelos parentes - sem nem mesmo saber o porquê -, dorme em um armário embaixo da escada.
E é justamente para lá, para o armário de Harry que chega a primeira carta da Escola de Magia e bruxaria (feitiçaria) de Hogwarts, assim como J. K. Rowling apresenta ao mundo o personagem que a tonaria uma das autoras mais conhecidas - e mais ricas - do mundo.
Lido, aclamado e estudado em praticamente todos os cantos do mundo, a história desse garotinho bruxo é contada em sete livros, lançados na Inglaterra pela Bloomsbury Publishing Plc, sendo eles Harry Potter e a: Pedra Filosofal, Câmara Secreta (Câmara dos Segredos), Prisioneiro de Azkaban, Cálice de Fogo, Ordem da Fênix (Fénix), Enigma do Príncipe (Príncipe Misterioso) e, por fim, As Relíquias (Talismãs) da Morte.
No começo temos um livro com uma linguagem mais simples, meio infantil até, com o foco claramente voltado às crianças. Com o passar dos anos, além do envelhecimento dos personagens, temos também o amadurecimento da linguagem que o livro utiliza, ajustando-se aos leitores que, tal como o protagonista, também crescem.
Publicados de 1997 a 2007, muita gente cresceu os lendo e, claro, assistindo aos filmes - lançados de ano em ano, sendo o último dividido em duas partes.
Existe uma história interessante a respeito deles: segundo li, aliás, ouvi certa vez em um documentário, Rowling teve a inspiração quando estava em uma viagem de trem; depois de pronto, inicialmente, nenhuma editora queria aceitá-lo, foi então que ela encontrou uma, pequena, que concordou em apostar nela e, eis o resultado...
Um caso parecido aconteceu no Japão, onde também uma editora de mesmo porte, quando Harry ainda não era conhecido, topou traduzi-lo e publicá-lo.
Falo da saga como um todo, e não em separado, porque é difícil ler o terceiro livro, por exemplo, sem ter lido o segundo e assim sucessivamente - como se eles, na verdade, fossem longos capítulos de uma grande obra - e a saga, assim sendo e com toda a certeza, foi bem escrita, apesar de algumas coisas que acho relevante dizer: em primeiro lugar temos alguns casais: o único que tive a certeza, durante a leitura, que a autora já havia pensado em unir foi Rony (Ron) e Hermione - é nítido, na minha opinião, uma certa "atração" pelos dois, que amadurece conforme eles mesmos crescem -, coisa que não consegui sentir com a Gina (Ginny) e o protagonista - sei que ela gosta dele, quando mais nova, mas é claro que é apenas uma "paixonite", ficando a impressão, em mim, que Rowling se aproveitara disso.
Depois temos o penúltimo livro, que, apesar de ter ficado bom, não chegou a me agradar muito - ele explica muita coisa indispensável para o entendimento do último livro, mas deixa um vácuo, já que o nome é justamente "Harry Potter e o Enigma do Príncipe (Príncipe Misterioso), pondo Snape de lado e colocando Dumbledore, suas aulas na Penseira (Pensatório) e as Horcruxes no lugar.
Em todo o caso, creio que J. K. Rowling conseguira entrar no mesmo hall que J. R. R. Tolkien e C. S. Lewis, criando um mundo novo em que tanto a magia quanto a feitiçaria (ou bruxaria) são reais e fazendo-nos pensar que sua existência é possível, mas que ele está escondido - protegido pelo Estatuto Internacional de Sigilo em Magia.
Observação: este artigo contou com a colaboração da minha amiga Cátia Luna, que me ajudou com as referências da versão portuguesa da obra (colocadas entre parênteses). Harry Potter tem todos os direitos reservados em língua portuguesa para as respectivas editoras: Rocco (Brasil) e Presença (Portugal).
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