BRANCA DE NEVE E OS SETE LADRÕES — XII LEALDADE

De pele branca como a neve e lábios vermelhos como a noite, seu nome era Branca de Neve. Mas não se engane: conhecida por todos, e odiada por sua madrasta, ela e sua grande (e quem sabe algo a mais) amiga Jana vão passar por tribulações e provar que ambas têm força para lutar e para vencer!

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XII
LEALDADE


— Onde diabos vocês se meteram que demoraram tanto?! — Exclama Steffen ao ver Marko, Mathias, Leon, Jan e David.

— Estávamos resolvendo uns problemas. — Responde David. — Parece que a pessoa que está atrás de nossas hóspedes ainda não desistiu.

Steffen e Martin — que até agora só observava a conversa — ficam quietos por alguns segundos. O mesmo pensamento que já havia passado pelos seus cincos irmãos também passa sobre eles, contudo, antes de falarem qualquer coisa, David diz: “Se vocês estão pensando em trair a confiança de Branca e de Jana podem tirar o cavalinho de vocês da chuva! Elas são nossas convidadas!”

Nessa hora Branca de Neve e Jana, que estavam no quarto, aparecem.

— Somos gratas pela hospitalidade de vocês, mas acho que já está na hora de partirmos. — Diz a princesa.

— Branca e Jana, pelo visto nossa conversa acabou soando alto de mais. Nós da família Dieb nunca fomos de falar muito baixo. Eu peço humildes desculpas por pensarmos em trair vocês; nós as acolhemos e, por tanto, são nossas convidadas. Podemos ser ladrões, mas nunca, jamais, ousaríamos trair alguém que já dormiu debaixo deste teto! — Há um brevíssimo momento de silêncio, em que todos se olham. David torna a falar: — A partir de hoje são nossas protegidas.

— Temos que tomar nossas providências! Irmão, quem quer que esteja atrás das duas logo encontrará nosso chalé. — Avisa Marko, surpreendendo a todos.

— Temos comida o suficiente para um mês e também certa proteção. — Complementa Leon.

— Então assim faremos: a partir de agora, garotas, vocês só sairão de casa se for realmente necessário. — Avisa David, com todos concordando com ele.


Philipp é um homem alto e magro, de curtos cabelos negros e pele bronzeada, resultado de sua profissão: jardineiro real.

Como mágica, tudo plantado e cuidado por ele florescia, o que lhe rendeu o carinhoso apelido de dedo verde do rei.

— Philipp, chama a rainha, Philipp!

— Sim, minha rainha? — Pergunta ele — Em que posso ajudá-la?

— Quero que você me traga as mais belas rosas vermelhas do jardim. — Responde ela, voltando ao palácio em seguida.

Sem entender muito bem o que havia acontecido, o jardineiro obedece às ordens de Annett e, prontamente, colhe as melhores rosas vermelhas que existiam no jardim real, colocando-as em um pequeno cesto.

— Aqui está, minha rainha! — Diz ele, entregando o cesto para Annett.

— Muito grata, Philipp. Agora pode voltar aos seus afazeres. — Agradece a rainha. O jardineiro, então, volta ao seu jardim.

“Já tenho as rosas, meu querido”, sussurra para si Annett, observando a cesta aos seus pés. “Esta noite, como tu mandaste, as colocarei sob tua luz e, depois, vestir-me-ei como uma velha e seguirei meu coração”.


O clima de apreensão no chalé dos irmãos Dieb era tanto que nem mesmo Steffen conseguia beber direito — queria manter-se sóbrio o máximo possível para caso precisassem da ajuda dele.

— Será que virá outro caçador? — Pergunta Leon, sentado à mesa da cozinha junto aos seus outros irmãos, jogando cartas. Branca de Neve e Jana apenas os observavam, já que estavam aprendendo a jogar.

— Provavelmente. — Responde Marko. — E já vamos estar preparados para ele!

— É assim que se fala! — Comemora Martin, dando um soco na mesa.

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