Olá leitores!
Quem é de Campo Grande (MS) deve saber que nos dias 17 e 18 de maio está acontecendo o primeiríssimo Parada Nerd!
Mas, agora, você deve se perguntar o que isto tem a ver com um blog "teoricamente" literário? Pois então... Diferente dos outros eventos que já aconteceram por aqui, ele trouxe uma temática além da cultura oriental, ou seja, além dos clássicos animes, mangás e etc, houve uma sala para o "Acampamento meio-sangue" e também uma sala de "literatura fantástica" — onde eu tive a honra de conhecer e trocar ideias com a Ana Macedo, autora de Lágrima de Fogo, que estava a vender e a autografar seus livros por lá.
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Ana Macedo, autora de Lágrima de Fogo |
EV: Ana, em primeiro lugar, você poderia falar um pouco sobre o seu livro?
Ana: A história se passa em um mundo paralelo chamado Agnitellure e conta a história de uma menina e um dragão. Esse dragão tem a capacidade de assumir a forma humana e ele precisa proteger essa garota por causa de uma série de profecias. O problema é que o mundo deles está em guerra e se essa guerra não for interrompida logo ela pode destruir todos os outros mundos incluindo o nosso. Mais ou menos isso... Uma literatura fantástica e com um público infantojuvenil.
EV: É o seu primeiro livro? Se não, quais outros você já escreveu?
Ana: É o meu primeiro livro publicado. Eu sempre escrevi muito. Desde pequena tinha o sonho de ser escritora, mas conforme eu fui crescendo virou um sonho engavetado que a gente não levava a sério. Contudo, eu acabei escrevendo esse livro (Lágrima de Fogo), uma amiga gostou muito e colocou na internet. Aos poucos as pessoas foram me procurando, inclusive editoras de pequeno porte.
Ana: É o meu primeiro livro publicado. Eu sempre escrevi muito. Desde pequena tinha o sonho de ser escritora, mas conforme eu fui crescendo virou um sonho engavetado que a gente não levava a sério. Contudo, eu acabei escrevendo esse livro (Lágrima de Fogo), uma amiga gostou muito e colocou na internet. Aos poucos as pessoas foram me procurando, inclusive editoras de pequeno porte.
Esse é o meu primeiro livro publicado, mas provavelmente o terceiro ou o quarto escrito.
EV: E esse outros livros falavam a respeito do quê?
Ana: Hum... Nenhum deles era sobre literatura fantástica. Eram todos romances adolescentes, chick lists, esse tipo de coisa...
Ana: Hum... Nenhum deles era sobre literatura fantástica. Eram todos romances adolescentes, chick lists, esse tipo de coisa...
EV: Por que escrever?
Ana: No começo, antes do livro ser publicado, era uma forma de desabafo, de autoconhecimento, eu acho, mas conforme foi tomando uma proporção maior eu percebi que era o que eu quero fazer para o resto da minha vida, uma profissão que eu quero levar para sempre. Agora, o sonho da minha vida é, realmente, eu poder viver de livros, seja escrevendo, editando, revisando... De todas as formas. Eu quero viver de livros e para livros.
Ana: No começo, antes do livro ser publicado, era uma forma de desabafo, de autoconhecimento, eu acho, mas conforme foi tomando uma proporção maior eu percebi que era o que eu quero fazer para o resto da minha vida, uma profissão que eu quero levar para sempre. Agora, o sonho da minha vida é, realmente, eu poder viver de livros, seja escrevendo, editando, revisando... De todas as formas. Eu quero viver de livros e para livros.
EV: Você disse uma coisa interessante a respeito da questão de viver de livros... No caso, qual é a sua profissão? Quando alguém te faz essa pergunta, o que você responde e por quê?
Ana: Escrever é uma profissão muito séria, mas por enquanto não é uma atividade que dê para me sustentar, até mesmo porque são pouquíssimos os autores nacionais que conseguem se sustentar com a literatura. Então, no momento, eu normalmente falo que sou — apesar de ser escritora e de crer piamente de que isso é uma profissão seriíssima — editora, professora e revisora, que são as minhas fontes de renda, mas não significa que são as minhas únicas profissões.
EV: Todo autor, penso eu, possui alguma inspiração. Qual foi a sua?
Ana: O Lágrima de Fogo, especialmente, foi um sonho que eu tive com dragões, um salão de pedra... Esse tipo de coisa. E ai a história acabou surgindo. Eu juntei algumas anotações de desabafo e a história foi se criando sozinha...
Ana: O Lágrima de Fogo, especialmente, foi um sonho que eu tive com dragões, um salão de pedra... Esse tipo de coisa. E ai a história acabou surgindo. Eu juntei algumas anotações de desabafo e a história foi se criando sozinha...
EV: Você deve gostar muito de ler, correto?
Ana: Correto. Desde sempre.
EV: Quais são os seus autores preferidos?
Ana: Tolkien e C. S. Lewis.
EV: Nenhum nacional?
Ana: Tem vários nacionais, mas como eu escrevo literatura fantástica eu acho que vale sempre a pena citá-los em primeiro lugar.
EV: E os nacionais?
Ana: Correto. Desde sempre.
EV: Quais são os seus autores preferidos?
Ana: Tolkien e C. S. Lewis.
EV: Nenhum nacional?
Ana: Tem vários nacionais, mas como eu escrevo literatura fantástica eu acho que vale sempre a pena citá-los em primeiro lugar.
EV: E os nacionais?
Ana: Eu sou doente por Machado de Assis! Eu sei todas as curiosidades da vida dele. Também gosto muito de Pedro Bandeira, que foi um dos escritores que me ensinaram a gostar de ler e Maurício de Souza. Nossa! Eu cresci lendo Mônica. Eu aprendi a ler lendo Mônica! Então, assim... São outros três deuses para mim...
EV: E, para finalizar: recentemente aqui no Escritor ao Vento foi publicado um post a respeito de "Como ser um bom escritor". Na sua opinião, como ser um bom escritor?
Ana: Eu creio que se você gosta do que está fazendo e acredita na sua história, pode ser que ela precise de muitas alterações. Você precisa ter muita autocrítica, mas ela vai dar certo porque, se você gosta do que está escrevendo, existe um público para aquilo. Necessariamente existe público para aquilo que você gosta — porque a gente costuma pensar que está sempre sozinho; que a gente é muito diferente; que a gente é deslocado, mas isso não é verdade, as pessoas são muito parecidas. Então, se você gosta de alguma coisa pode ter certeza que outras pessoas também vão gostar. Por isso eu acho essencial você gostar do que está fazendo, acreditar na sua história e, principalmente, ter muito autocrítica, aceitar críticas dos outros e aprender a lidar com isso, porque você não pode, simplesmente, deixar que entre por um ouvido e saia pelo outro. Você precisa aprender a melhorar o seu trabalho porque nada, nunca, está perfeito e a gente tem sempre que visar melhorar o nosso trabalho tanto quanto o possível.
Está muito boa a entrevista, gostei! Cá em portugal nunca acontecer ir escritores a nenhum evento e penso também que nunca acontecer nenhuma "parada nerd" por cá.
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