O Vigilante

Em seu rosto um olhar vermelho e inchado anunciava:
Alguém querido partira e nunca mais voltaria.

Lágrimas escorriam,
Lágrimas indesejadas, mas que lavavam
E acalmavam a angustia
E parte da saudade.

Muito distante dali um alguém estava inquieto
Mas vigilante.

Queria fazer o que não podia
Para secar aquelas lágrimas indesejadas
E trazer de volta um sorriso

O mesmo sorriso que, em sua memória
E, em seu coração, marcava o rosto agora inchado e lacrimoso.

Nada mais podia fazer.

O sorriso que agora sumira do rosto que chorava um dia voltaria
Não por causa do alguém vigilante,
Mas sim por causa do tempo.

Por causa dele, nada aconteceria
Nada voltaria a ser como antes...

Mas mesmo assim o alguém se mantinha vigilante,
Esperando poder agir
Para, no lugar das lágrimas
Houvesse somente o sorriso que tanto lhe marcara.

Nenhum comentário:

Postar um comentário