Hoje, mais cedo, saí com uns amigos para comer batatas fritas e, claro, tomar alguns goles de Coca-cola. Entre uma conversa a respeito de "transexuais" e "socialismos" - não, eu não me lembro o que nos levou de um assunto a outro - começamos a falar sobre "depredação de bens públicos".
Forçando um pouco minha memória, me recordo da minha amiga dizendo que "o que justamente estava errado no socialismo eram que as pessoas não estavam interessadas na coletividade, mas sim em si mesmos".
Não querendo entrar em mérito nenhum, lembrei que eu respondi que "as pessoas não têm consciência de que os bens coletivos pertencem a elas também" e é a partir deste ponto que eu escrevo este post.
É realmente interessante como nós brasileiros, no geral, tratamos os bens públicos: muitas vezes com desprezo e desleixo - "não é meu, por que eu deveria ter cuidado?". Ora, se não é seu, nem meu, por que o uso do termo "bem público"?
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Parque das nações indígenas, Campo Grande (MS) |
As ruas são "públicas", ou seja, pertencem a todos, tal como nossas casas pertencem somente a nós, então por que essa mãe ensinou o filho que é "feio jogar lixo no chão" e depois disse que é certo "jogar o lixo pela janela do ônibus"? A rua é tanto dela quanto minha e, como tal, eu quero que ela fique sempre limpa - depois, não rara ocasiões, surgem pessoas reclamando que a cidade está suja, sendo que as mesmas contribuíram para isso.
É paradoxal, já que como eu disse, nós brasileiros pensamos muito em nós mesmos e nos esquecemos dos outros, contudo, nunca lembramos que o dinheiro gasto em tal parque ou mesmo em tal rua saiu dos nossos bolsos, tornando-o nosso - e, assim como procuramos manter nossa casa sempre em ordem, também deveríamos cuidar do que é de todos.
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