Não são apenas R$0,20

Há um bom tempo não posto uma redação ou um ponto de vista, então com as recentes retomadas das ruas por manifestantes contra a Copa do Mundo, resolvi exercitar esse tipo de texto. Estou meio enferrujado, então não liguem, por favor, caso encontrem erros clássicos. =D

Impulsionados pelo movimento Passa Livre, durante a Copa das Confederações, em 2013, o país foi tomado por manifestantes que, a plenos pulmões, demonstravam sua completa insatisfação com a educação, saúde e transporte urbano — entre outros setores — no Brasil.

Com o lema “Não são apenas R$0,20”, milhares de brasileiros, até mesmo em outros países, foram às ruas cobrar por melhorias, assim como questionar os investimentos exorbitantes em estádios para a Copa do Mundo — enquanto o Brasil ainda possui escolas e hospitais caindo aos pedaços, literalmente.

Esses levantes demonstraram três coisas: a primeira e, mais óbvia, é que os brasileiros não estão tão satisfeitos quanto se pensava, a segunda é que enquanto um não resolve levantar e fazer, ninguém mais faz e a terceira e última foi o desmascarar de uma parte da imprensa, já que no tempo em que a internet pipocava de vídeos, posts e exemplos de manifestantes que faziam de tudo para manter o grito “pacífico”, “alguns” jornais mostravam somente o quebra-quebra e também a polícia batendo nos baderneiros — criando duas generalizações: que todos os manifestantes são baderneiros e que todo policial é truculento.

Como já dito, bons exemplos demonstravam que os cidadãos queriam melhorias e não bagunça. Um, aliás, dois em particular chamaram mais as atenções: “uma policial foi cercada por manifestantes que a protegiam de baderneiros que queriam espancá-la e o outro foi a fanfarra da polícia tocando o Hino Nacional junto aos manifestantes, demonstrando que ambos os lados não queriam briga e sim ‘um país melhor para se viver’”.

Infelizmente a mesma imprensa que se preocupava somente em mostrar o lado ruim da “festa” também conseguiu abafar as manifestações, dando a impressão de que o “gigante” (como foi nomeado os protestos) tinha voltado a dormir.

No fim das contas, em uma democracia como a brasileira, tudo acaba se resumindo em um gesto: o voto! Se as manifestações tiveram resultado, só saberemos agora, durante as eleições para presidente da república, governador, senador e deputados federal e estadual.

Infelizmente é somente nas urnas que conseguimos ver o quão alto conseguimos progredir ou regredir — assim como é nela onde começamos as concretizar as melhorias que tanto almejamos tal como consolidamos o direito que todos têm em se expressar.

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