Pensamento em prosa



Ultimamente um dos meus maiores inimigos tem sido o espelho. Não por causa da minha aparência, muito pelo contrário, e sim por causa do meu passado.

Parece estranho, aliás, no meu ponto de vista é estranho, mas o espelho também serve para olharmos tanto para o passado, quanto para o futuro - e o que ele tem me mostrado não me anima.

Quando olho para ele, vejo-me no passado rodeado de amigos que hoje em dia não encontro mais. Amigos que seguiram sua vida, distantes... "Será que o problema é comigo?"

Essa imagem, refletida como se passasse em uma televisão, faz com que minha cabeça se pergunte várias coisas, uma delas é justamente "será que sou tão capaz quanto dizem que o sou? Não era para eu estar onde estou - era para já ter ido além..."

Meu futuro também me deixa inquieto - claro que um espelho não serve para prevê-lo, mas auxilia a ter uma ideia de como ele será: sozinho! "Será que sou tão arrogante assim?"

Minha vontade era de começar tudo do zero, novamente - renascer, como creem algumas pessoas -, mas falta-me coragem - "o que será que encontrarei do outro lado?"

"Esperança?", sim! Eu ainda tenho. Ela está toda presente em um exame - em que, aliás, está presente não somente a minha, mas as expectativas de milhares de outras pessoas em situação parecida com a minha. Mas...

"Sei lá... Será mesmo culpa da 'instituição' ou será que sou eu mesmo?" Sinceramente, deposito o motivo de todos os meu males na já citada "instituição" - mesmo sabendo que a falta de capacidade partiu de mim e não dela.

"É confuso" e peço perdão ao leitor amigo que não conseguiu entender o que discorri aqui, mas em resumo: "quando, em fevereiro de 2013, eu tornar a me olhar novamente no espelho, não quero me ver como um 'formando', mas como um calouro novamente". Só isto.

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